Venda do software com fontes e propriedade intelectual

Senhores,

Gostaria da opinião de vocês. Tenho uma proposta de desenvolvimento de software para um cliente, só que ele quer que o software seja dele, ou seja, os fontes e também a propriedade intelectual. O que vocês cobrariam? Tipo: se o software custa X, o que vocês acrescentariam sobre esse X?

No aguardo,

Eu tive uma situação similar …

Fiz uma aplicação (remessas de dinheiro), onde varias agencias utilizavam.
Eu vendia o sistema individual, onde encontrei uma agencia que queria a compra dos fontes.
Calculei de acordo com o numero estimado de copias distribuidas e mandei o valor, tipo 100 vezes o preço da copia.

Lembre-se: manter um software é um trabalho que demanda tempo e dedicação. Talvez seja por isso que normalmente encontramos muitos softwares “abandonados” por aí. O desenvolvedor deve ter comprometimento com os sistemas que desenvolveu ao mesmo passo que estes sistemas devem lhe dar um retorno satisfatório. E reforço mais uma vez: não desenvolva um sistema por “preço de banana”. Você estudou e se dedicou para se tornar um profissional, então valorize o seu trabalho.

http://www.subrotina.com.br/vender-ou-alugar-o-meu-software/

Kleyber, tudo bem?

Minha opinião será de leigo no assunto, e bem pessoal (talvez ingênua) e também porque todos os nossos contratos são de direito de uso para o cliente.

Não vou entrar na questão do valor (apesar de cobrar um pouco mais) a ser cobrado, porque ela envolve vários fatores:

  1. Quem vai gerir o projeto; Você vai desenvolver sobre especificações entregues pelo cliente? O projeto que já foi analisado e modelado, inclusive sobre os bancos de dados? Ou estará tudo com você?
  2. A complexidade do projeto interfere.
  3. O cliente disponibilizará mão-de-obra?
  4. etc, etc…

E bem atrativo, ainda mais se o cliente tiver um seguimento bem diferente. E também pelo fato de que: quando o cliente homologar, teoricamente, você não terá mais problemas com ele. O popular: ‘Um Abraço’. A manutenção fica por conta dele.

A principal questão, pelo que vejo, é o seu know-how transferido para o cliente. Entra aí muito de ética profissional.

Acho uma boa oportunidade de você mostrar seu trabalho e, se for um cliente com força de mercado, você terá ele como referência.

Forte abraço

Senhores,

Obrigado por responderem. Quanto aos pontos que o Luis Eduardo pontuou, os quais achei interessantes, deixa eu explicar melhor a situação:

1 - A idéia do projeto é do cliente, ou seja, ele não especificou nada, apenas me passou a idéia toda e eu fiz todo o levantamento das informações para ter uma noção exata da dimensão do sistema, ou seja, a responsabilidade das especificações será toda minha;
2 - Não é um projeto complexo, mas tem alguns pontos de complexidade sim;
3 - Quando te referes a mão de obra, você diz programadores? Se for isto, a resposta é não; sou eu o responsável pelo desenvolvimento.

Complementando, ele quer que o sistema seja desenvolvido por mim e que no contrato além da licença ele seja o proprietário do sistema, tanto dos fontes como da idéia, mas terá um contrato de manutenção comigo.

Jailton, concordo em gênero, número e grau contigo. Tanto que já tinha feito uma proposta a ele, mas somente como licença de uso e a proposta não foi barata. Então ele já imagina que haverá um acréscimo ao valor proposto. Só gostaria de saber a experiência de vocês em quanto eu deveria colocar a mais pra ser justo, por conta da cessão dos fontes e da propriedade intelectual, uma vez que o cliente é quem vai registrar o sistema.

No aguardo,

Kleyber,

Como se diz aqui no Rio: ‘É mamão com açucar!’; ‘Tá com a faca e o queijo na mão!’.

Deixando a brincadeira de lado, é uma proposta bem interessante para você: Você dita as regras sistêmicas(em teoria) do projeto, e ainda terá um contrato de manutenção.

Bem, me parece que há uma semelhança em lhe contratar como se fosse um analista de projeto temporário, sendo que terá um plus, que é a manutenção.

Acho que, para o cliente, é uma aquisição ruim se ele não dispor de um analista dele para ditar as regras, mas, se ele aceita é porque confia em você. Digo isso para o caso de rescisão.

Concluindo: Você não está vendendo os fontes de um projeto seu o que seria uma fortuna para ele; Você está vendendo sua mão-de-obra especializada como analista e gerente de projetos e garantindo a manutenção.

PS: O que o Jailton disse é bem proveitoso nestas situações de cotação, porque agente encontra ‘profissionais’ que minimizam o valor para o cliente desmerecendo o trabalho.

Forte abraço

Luis Eduardo,

Excelente colocação. Muitíssimo obrigado. Agora já tenho insumos suficientes para redefinir a proposta. Uma última observação. Ele está contratando a minha empresa e não a minha pessoa… rsrsrs

Concordo. É justamente por isso que busquei opiniões de vocês, pois como é uma situação nova pra mim, não gostaria de fazer algo que depois eu fosse me arrepender. Vou buscar o preço mais justo para que ambos (o cliente e eu) possamos fechar sem problemas. É um projeto de 4 meses e ele já tem uma proposta inicial que não contemplava a venda dos direitos sobre o sistema e dos fontes, onde ele já tem a certeza de que sofrerá acréscimo.

Grande abraço,

Kleyber,

Primeiro, realize um contrato de compra e venda, não dando direito a empresa de revender, repassar os FONTES para outros sob penas de altas multas.

Segundo, o valor dos FONTES deve ser 3 x o valor do desenvolvimento.

Terceiro, não de suporte aos FONTES, se solicitarem que paguem o valor da hora e desenvolvimento x 3.

Quarto dificulte a leitura do código. E coloque marcas, tags para se caso necessitar identificar que eh seu código.

Bom minha opinião é a seguinte:
1-o sistema é ideia do cliente, blz, então o mais importante é um sistema assim tão bom que teria um otimo mercado ou seja se tu desenvolver para ele e ficar com os fontes pra ti terias condições de vender para mais 5 clientes…
2-se o cara deu a ideia, é algo novo, não importa a ideia é que é tudo no sistema, fazer um sistema de controle de estoque ou de venda é trivial, o que quero dizer é na epoca que so existia pcs lançaram o iphone isso é X o estalo
3-se ele vai te pagar por mes ainda a manutenção, veja voltamos a questão 1 da mesma forma que tu pode desenvolver para ele tu pode não vender para mais ninguem então aproveita.

O que tu deve fazer é definir a versão exemplo o cliente pediu cadastro, consulta é isso é instala da um prazo de 2 meses de adaptações e ajustes que não saiam do escopo e ai fechou é isso pronto essa é a tua versão, ha mais pra frente o cara resolveu colocar financeiro é outro fonte é outro custo

Quanto a ofuscar se tu entregar o fonte do SC ja ta mais que ofuscado

Weber,

Obrigado por responder. O fato é que fechamos contrato, ele será o dono do sistema (proprietário do nome do sistema, fontes etc.) e eu vou ter um contrato de manutenção com ele, sem previsão de encerramento. Acabamos fechando por mais de 3x o valor da proposta inicial e ficou bom para ambas as partes.

Kleyber, otimo cara é isso ai mesmo no fim das contas além de conseguir o contrato de manutenção que gera uma receita mensal para podermos pagar nossas contas tu ainda conseguiu gerar um extra pelos fontes parabéns!

Weber,

Valeu, brother. Pra mim é sempre bom ouvir as experiências de quem já passou por este tipo de negociação.

Vamos em frente.

Bom dia pessoal, trabalho com o scriptcase em um órgão público, mas recentemente comprei uma licença para desenvolver softwares pra terceiros.

Preciso fazer uma proposta para um cliente mas não tenho nem ideia do preço de mercado, ou como devo precificar o software, já pensei em cobrar por quantidade de aplicações e relatórios, mas tbm não tenho ideia de quanto seria.
Desenvolverei sozinho, no máximo terei alguém pra fazer relatórios e pagarei a parte por cada um.
Alguém conseguiria me passar uma noção quanto a estes valores?

Desde já agradeço a atenção.

Cobrar não é fácil, pois existem diversas questões que podem fazer com que seu lucro caia a zero ou até te de prejuízo o trabalho.

Existem duas questões: Quem compra não valoriza como deveria. Quem vende, não prevê como deveria.

  1. Analisar quanto tempo vai levar esse trabalho.
  2. Aplicar margem de segurança 20, 30 ou 40% a mais.
  3. Idealize quanto você acha justo ganhar por mês e divida esse valor por 240 horas.
  4. Multiplique pelo tempo previsto que vai gastar + a margem de segurança.

Preveja garantia de correções de erros ou adaptações que o cliente possa exigir depois de implantado.
Seja profissional e cumpra os prazos.

Segue aqui minha sugestão.

Respeitando a sugestão do Haroldo, e colocando a minha sugestão neste tópico (3).
Sugiro que o valor que acha justo ganhar por mês, multiplicado por 2 (considerando custos com folha de pagamento de quem está comprando “você”), porém dividido por 180 horas (incluído aqui o DSR), ou seja 6:00 hrs / dia.

Exemplo:
Como funcionário, ganhando R$ 10.000/mês, considere o valor de R$ 20.000/mês
Valor hora = R$ 111,11

Att,

Jocimar

Entendi, preciso tomar cuidado porque a realidade aqui no Tocantins é diferente dos grandes centros, qualquer valor consideram absurdo.
Não valorizam nosso trabalho.

Gostei das sugestões de vocês, vou tentar fazer um preço justo, o que mata é mudança de escopo, no meio do desenvolvimento sempre surgem outras coisas, por isso é importante acrescentar a margem de segurança, ou se possível fechar um valor mensal de manutenção né?

Diego,

Faça um contrato, especificando o escopo definido e coloque como cláusula contratual que qualquer alteração de escopo, será mensurado e precificado à parte. Assim você se resguarda desse tipo de problema.